sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
Entrevista Especial: Maurílio Kuru Lima
Maurílio “Kuru” Lima é pós-graduado em gestão cultural, consultor e curador na área musical, e um dos fundadores e gestor do Fórum da Música de Minas Gerais, entidade responsável pelos editais de circulação nacional e exportação da Música de Minas e atual representante do setor musical na Lei de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte. Atua na elaboração de projetos de políticas culturais e formatação de editais públicos e privados. Fundador da produtora Cria! Cultura, responsável pela gestão do Conexão Vivo, plataforma nacional de patrocínios em rede da operadora Vivo. Fundador do selo + Brasil Música, já coordenou a produção de mais de 25 cds e DVDs e contabiliza a concepção e ou produção de mais de 1500 espetáculos em 20 anos de carreira. Já gerenciou carreira de grupos como Berimbrown, Marku Ribas, Pedro Morais, Pereira da Viola e Os Mutantes, em sua volta em 2006. A produção contou com a participação de Bárbara Andrade e Aldele Pickrell, do Coletivo Megafônica, representantes do Fora do Eixo no Pará (www.megafonica.blogspot.com).
O que é o projeto Conexão Vivo?
O projeto Conexão é uma iniciativa privada da VIVO, mas que tem como objetivo incentivar projetos relacionados ao desenvolvimento da cadeia produtiva da música, e de outros segmentos culturais, dos estados e do país, em toda a sua dimensão. Então, nos investimos em projetos artísticos, como também em festivais, selos iniciativas de distribuição, de comunicação que consigam dar visibilidade pra cena interdenpente de um estado respectivamente. Isto é, além do capital nos entramos com o incentivo para o desenvolvimento de recursos tecnológicos.
Como é o mecanismo de trabalho do projeto?
O nosso mecanismo de trabalho tem duas formas básicas de envolver as pessoas dentro dessa rede: uma forma é a financiada, onde buscamos projetos que têm inserção dentro das leis estaduais de incentivo cultural, aqui no Pará, estamos fazendo investimento em 22 projetos, entre eles de portais (Pará Música e o www.musicaparaense.org.br), de sites, blogs, turnês de artistas, em festivais (Se Rasgum); mas também em iniciativas coletivas como o Casarão Cultural Floresta Sonora. Dentro desse modelo de investimento, incentivamos nas pessoas o desenvolvimento da necessidade do partilhamento de recursos, que é inédito no Brasil, permitindo que projetos daqui consigam repercusão em quase os estados do País. Criando uma circulação não apenas de conteúdos artísticos; mas de conteúdo tecnológico; e quando falo em tecnologia estou relatando sobre tecnologias de gestão.
Como uma pessoa, que por exemplo tem um blog, um podcast, etc. deve proceder para fazer essa parceria com a VIVO? Quais são os mecanismos?
O mecanismo formal é o seguinte a pessoa tem que enviar um projeto para a área de Cultura do site da VIVO (www.vivo.com.br/cultura). Atualmente, existem três macro-projetos que a VIVO trabalha hoje no Brail. Um é o Conexão VIVO, que é o relacionado a música; outro que está voltado ao desenvolvimento de projetos de tecnologia web e mobile; e o terceiro é de cinema de animação.
O que te atrai em relação à cena da música do Pará?
Em primeiro lugar a alegria, não é uma alegria gratuita, mas de viver que está voltada muito para a música local. Além disso, eu consigo enxergar uma diversidade musical impressionante, indo do rock pesado ao pop, passando pelas guitarradas, experimentalismos musicais, ou seja, tem tudo o que se pode imaginar. E não devemos ignorar do Tecnobrega, como um produto muito forte de cultura de massa, que estamos abrigando nesse projeto, com a maior naturalidade, com respeito muito grande dentro desse cenário da diversidade.
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