sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Entrevista Especial: Sandra Machado - A Arte Amazônida na Moda



A estilista goiana Sandra Machado conseguiu de uma maneira extraordinária traduzir a beleza da arte indígena da Amazônia, para o mundo da moda. Conheça mais sobre ela, nessa entrevista especial.

http://estilosandramachado.blogspot.com/

Foto de Carlos Silva

Quando você começou a se interessar em moda? E quais foram os teus primeiros trabalhos?
Interesse pela Moda tenho desde que me entendo por gente. Tenho duas irmãs bem mais velhas e adorava ficar vendo elas se maquiarem e se vestirem pra sair. E ficava horas fazendo roupa de boneca, ao invés de brincar de casinha ou de qualquer outra brincadeira. Fui educada em colégio de freiras onde aprendi bordado, crochê e tricô e sempre utilizei essas técnicas para personalizar minhas roupas.

Quanto a cultura paraense é uma influência no teu trabalho?
A influência da cultura paraense no meu trabalho é total e definitiva. A cultura indígena é outra paixão de sempre. Sou goiana de Anápolis, cidade do planalto central. A proximidade com Brasília me deu o senso de cosmopolitismo, pois o mundo está representado ali, nas embaixadas. E os jovens filhos de embaixadores e funcionários das embaixadas trouxeram, por exemplo, o movimento punk para o Brasil, via Brasília. Mas sempre vi o povo goiano com críticas pelo fato de terem como herói o Anhangüera, um bandeirante que dizimou nossos índios pra roubar seu ouro. No Pará, eu pude mergulhar na cultura indígena, trabalhando como etnóloga entre os indios Kayapó e nos materiais orgânicos encontrados no Ver-o-Peso, como as sementes e fibras. Eu fui a primeira a usar o tururi na Moda. Criei um vestido de tururi e plumas de marabô para a novela Filhas da Mãe em 2001. Esse tipo de material antes só era usado no artesanato. Apesar de ser goiana de nascimento, me considero uma estilista de raízes paraense conectada ao mundo.

Para você, quais foram os teus projetos mundo da moda, que poderias destacar?
Meu trabalho é classificado com ArtWear, que extrapola o universo da moda varejo, digamos assim. Teve três momentos que foram determinantes para minha segurança como artista, estilista e figurinista. Como artista foi o sucesso que fiz na França com o lançamento da edição Francesa do Cobra Norato que ilustrei com batiks em seda. Quando vi uma matéria em destaque no Le Monde me classificando como uma "artista que utiliza a vestimenta como veículo de expressão", passei a ter coragem de eu mesma me chamar de artista. Outro momento foi quando submeti uma coleção minha à avaliação da Cristina Franco e ela me disse pra vir pra São Paulo, que aqui é meu lugar, pra eu não desistir, pois que tem muito pouca gente fazendo o que faço e que tenho um mercado garantido, só preciso chegar ao meu público. E, como figurinista, foi o sucesso das combinaisons que criei para o figurino do DVD da Fafá de Belém e que recebe elogios rasgados por onde passa. Duas dessas peças estão na Mag! Luxo, escolhidas pelo próprio Paulo Martinez.

Quais são os teus planos, dentro da perspectiva da moda, para 2010?
Bem, comecei o ano fazendo o figurino do 3º CD da Iva Rothe, o que me deu muito prazer pois a admiro muito como artista e como pessoa. Fiz uma peça linda pra ela, que está na da capa e encarte do CD em fotos da Walda Marques e estará no Show do dia 6 no Theatro da Paz.
Estou fazendo o figurino do DVD de 35 anos de carreira da Fafá e vou fazer também o figurino do primeiro álbum da Mariana Belém, convite que me emocionou muito, pois é uma artista que trata sua arte com respeito e carinho e vem amadurecendo este trabalho há anos.

E o quanto a música influencia no teu trabalho?
A música é vital para mim. Quando não estou ouvindo estou pensando em música. Cresci numa família muito musial. Meu pai era fã da Dalva de Oliveira, Elza Soares, Maysa, Nelson Gonsalves e Francisco Alves, meu irmão de Elvis Presley e Bossa Nova, minhas irmãs, Beatles, Rolling Stones e Tropicália. Isso me deu uma formação musical bem eclética, apesar de me considerar Rockin'n'Roll. Posso ficar sem TV numa boa, mas música não pode faltar.


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

PRO.EFX


Músico, produtor, DJ e MC; com todas essas prerrogativas musicais, Pro.efx está pronto para alçar voos maiores e o ano de 2010 promete muito para a carreira dele.

Mas tudo começou ainda 1998, quando começou a trabalhar com inspirações eletrônicas com influências da cultura jamaicana. Toda essa bagagem, Pro.efx. levou para a banda Dubcoreattack, em 2000, sendo considerada pela rádio Cultura do Pará, uma das revelações do rock paraense.

No ano seguinte, com o fim da banda, Pro.efx. assume definitivamente a postura de produtor musical formando uma dupla com o ex vocalista da banda Dubcoreattack, Guamat pa, surge então Pro.efX & Guamat pa com o DJ assumindo além da produção os vocais junto com Guamat, em 2002 saindo um single com seis músicas pelo selo Ná Records que é outro registro super importante agora como produtor, outra participação importante como produtor foi no CD da cantora Lú Guedes em 2005.

Em 2007, juntamente com outros quatro DJs fomam a Blacksfera - coletivo de DJs que desde então organizam a mais tradicional festa de música negra da cidade, em 2008 com o fim da dupla Pro.efX se lança na cena musical nacional produzindo musicas com artista de todo o Brasil produções registradas em CDs de artistas como Arcanjo Ras, Jimmy Luv, Pump Killah e Meliant Mc e desde 2008 vem produzindo com outros vários artistas o que será finalizado em um CD com músicas inéditas com os artistas: Rafel Dverso (RJ) (com quem gravou seu 1º videoclip produção da TV Cultura), Dom Lampa (SP), Hurakan (PR), Pump Killah (SP), Alexandre Cruz (SP), Melianti Mc (RJ), Buyaka San (SP), Crânio Preto (SP), Mista Prigui S (RN), Mateus Pinquim (RJ), Ragga Rural (GO), K Naman (França), Dubalizer (SP), Arcanjo Ras (SP) e Jimmy Luv (SP).


Mas enquanto esse CD não é lançado, saiu em 2009 "TRANSGLOBAL ROOTS OVERDUB JAMIN" cd com versões feitas por Pro.efX para vários desses artistas mencionados lançado pelo selo Johnny B. Good (SP), produziu uma faixa pra um CD coletânea tributo a banda Delinquentes, esta na produção do disco novo de LÚ Guedes, terá uma faixa na trilha sonora que acompanha a hq Dread and alive de Nicolas Prado lançada nos EUA e para este semestre sai um CD produzido pela Red Bull juntamente com o produtor Dj Konsiderado, são faixas com Dom Lampa, Arcanjo Ras, Pump Killah e Zona Mc com previsão de lançamento para março deste ano.

Contatos: pro.efx@hotmail.com
www.myspace.com/pro.efx
www.pleimo.com/proefx
www.facebook.com/proefx
www.twitter.com/proefx




terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

IMPERDÍVEL: VKTRIO HOJE NA GRAVAÇÃO DO PROGRAMA "TIMBRES"


O ex-baterista da banda A Euterpia, Carlos Canhão Brito, está de férias em Belém. Ele se apresenta hoje com o músico russo Vadim Klokov (piano). O VK Trio se apresenta a partir das 18h na Capela de São José Liberto completo com Régis Patrick ao Contrabaixo. Patrick substituirá Saulo Rodrigues, que ficou em São Paulo, onde mora o trio. Patrick já fez parte do trio mas teve que deixar o grupo para assumir uma vaga na Orquestra Sinfônica do Teatro da Paz. Vadim já morou em Belém, onde gravou pelo menos um disco com suas experimentações instrumentais. O trio deve se apresentar mais uma vez ainda, possivelmente no bar Cosanostra ou no Baiacool Jazz. Fica a boa sugestão. Quem quiser saber um pouco mais sobre o trio acesse o my space de Vadim e leia o release do grupo, abaixo. (Elielton "Nicolau" Amador)

VKTRIO – Rússia, Amazônia, São Paulo
Um triângulo que uniu três identidades e culturas tão distantes e finalmente tão próximas. As influências, a primeira vista, são antagônicas e paradoxais: Stravinsky dançando Carimbó, Bach fugindo da própria Fuga através do Progressivo, entrando na cadência da Vanguarda Acadêmica, às vezes é Jazz, é Rock suave, noutras é um Blues embriagante.... Tudo isso quer ser óbvio, sem camuflagem, mas as personalidades dos três músicos deixam esta textura soar como algo ainda sem gênero e nome, em constante pesquisa e a busca pela metafísica sonora.

VKTRIO:
Vadim Klokov – Piano
Regis Patrick – Contrabaixo
Carlos “Canhão” Brito – Bateria
Contatos:
11 – 8744 4157 11 – 8744 4157 / 91 3224 4041 91 3224 4041 / 91 8426 7469 91 8426 7469 : Carlos Brito
11 – 6442 9065 11 – 6442 9065: Vadim Klokov
vktrio@yahoo.com.br


sábado, 20 de fevereiro de 2010

Entrevista Especial: DJ Tahira


O talento do DJ paulistano Tahira mostra o quanto estamos muito bem representados dentro da cena eletrônica mundial. Quem já teve a chance de escutar ou assistir o set dele, percebeu muitas influências de estilos musicais de vários países. Dentro dessa perspectiva, o Tahira já se apresentou em Belém e conheceu o poder da música paraense. "Eu mesmo toco alguns sons do Pinduca. Não os mais famosos, mas sim os que considero que tenham um bom groove. Em Paris a música 'Tucandeira' dele e levantou neguinho do sofá. Musica certa na hora certa. É disso q as pessoas precisam". Aproveite entrevista.


Conheça mais do trabalho do DJ Tahira: http://www.myspace.com/djtahira e http://www.ebspodcast.com/


Quando começou o teu interesse pela música? E como foi o início da tua história como DJ?
Quando tinha uns 10 anos eu vi um filme chamado Beat Street. Contava a história de uma crew nos bairros pobres no bBronx. Bboys, DJs, MCs, produção musical independente; e aquilo tudo me deixou com a cabeça cheia. Pirei mesmo, ficou na minha memória.
Depois de um tempo quando tinha 15 anos, comecei a me interesssar em fazer festas e discotecar nos bailes de garagem do meu bairro e de outros bairro. Fui me espalhando, quando percebi, tocava em uns cinco bairros diferentes; estava famoso na região. (rsrsrsrs).
Como nenhum dos meus amigos próximos gostavam disso, eu comecei a ir sozinho nas matinês, e participava de campeonatos para conseguir tocar clubs. Não tinha outra forma. Não conhecia ninguém do meio. Era o único jeito. Participei de vários. Ganhei o primeiro na Zona Leste de SP. Não lembro direito. Acho que era em 93. Fui um estagiário de DJ, ou seja, escravo e DJ . O club se chamava Alien. Tocava aos sábados à noite, e domingo de matinê ao meio-dia. Como era novo e não tinha carro, dormia no club. Fiquei uns seis meses e nunca ganhei um tostão. Acho que na época não tinha outro jeito mesmo, infelizmente.
Mas depois com um pouco de mais maturidade, e informação muscal, continuei participando de campeonatos até ganhar um outro que me colocou no cenário musical dos Jardins. Na época, era o hype de São Paulo. Tive oportindade de tocar em clubs como Latino, Columbia, Cha Cha Cha, Aze 70, percursores de tudo isso que vamos em SP e no Brasil. Foi realmente o início da cena club.
Depois, foi tudo normal, a carreira de DJ cresceu, os clubs aumentaram, a Dance Music também; e é o q você vê atualmente.

Quem são as tuas principais influências?
Eu comecei como um DJ de soulful house. E apareci no mercado assim. Mas pesquisando as boas raízes desse som. Tive contato com a musica negra antiga. Disco, Soul, Funk, Jazz, música latina, brasileira e africana. E desde então, nunca mais saí disso. É a estrutura e background musical base pra eu para selecionar meu repertório . Tudo que toco eletrônico ou não, tem essa vibe.


Quais foram os teus melhores momentos na tua carreira como DJ?
Já rolou muita coisa legal, mas o que vem na minha cabeça agora são alguns eventos. Tocar na primera Virada Cultral em SP, no centro foi uma das melhores experiências que tive. Foram poucas vezes que vi uma reação de público tãoo grande. As pessoas gritavam quando acabavam as músicas. Não dava pra mixar de tão eufórico que povo estava. E tinha muita gente.
Tocar na praia de Copacabana no reveillon para 60 mil cabeças, é algo bem legal e assombroso ao mesmo tempo.
A primeira experência de discotecar no exterior é fantástica. Um desafio impressonante. Foi na Ucrânia. Discotecar Dancefloor Jazz em New York City, e no final do set, o club aplaudir e berrar foi algo incrível. Vejo New York como o berço de tudo que toco e o melhor público do mundo para o meu tipo de som.

Quais são os teus projetos para 2010?
Eu tenho um label chamado EBS Diggin. Quero me dedicar a ele no exterior. Comecar a produzir minhas músicas. E ter algumas festas de estilos diferentes em SP.

Ouvindo tanto as tuas músicas no myspace quanto no teu podcast é possível perceber influências de músicas de vários estilos e de várias partes do mundo. O que você poderia dizer sobre isso? E o que você conhece da música paraense?
Música boa tem em todo lugar. Só é necessário pesquisar bem. Ai sim você encontra bons sons. Tenho a cabeça bem aberta. Não importa de onde seja. Se eu curti eu pego. Sou bem sincero comigo. Vejo a discotecagem como um discurso onde você apresenta seus gostos e conta uma história. Eu mesmo toco alguns sons do Pinduca. Não os mais famosos, mas sim os que considero que tenham um bom groove. Em Paris a música "Tucandeira" dele e levantou neguinho do sofá. Música certa na hora certa. É disso que as pessoas precisam. Os DJs sao responsáveis em filtrar esse monte de musica que é feita todos dias (90% é bem ruim) e repassar para seu público o mais legal. E é isso que sempre tento fazer.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Projeto Pará Pró Música



Nesta sexta-feira (19), às 14h30, no auditório do Sebrae (PA) - rua Municipalidade, 1461 - haverá um grande encontro entre os músicos, produtores culturais, ou profissionais ligados à cadeia produtiva da música no Estado.

O objetivo é confirmar a execução de um dos projetos mais importantes já pensados para a profissionalização da categoria, o Pará Pró Música. Todos estão convocados para esse momento histórico. (Sidney "Sidão" Filho)



¨A música constitui, ao mesmo tempo, a manifestação imediata do instinto humano e a instância própria para o seu apaziguamento¨.
Theodor W. Adorno




Música Pará, Música Para (Elielton "Nicolau" Amador)

O consultor do Sebrae-PA Bruno Franco usa as palavras do famoso teórico da chamada escola de Frankfurt, que ajudou a decifrar os enigmas da cultura de massas, para contextualizar a música paraense. O diagnóstico setorial do projeto Pará Pro Música é um documento de 90 páginas que foi apresentado ao público na semana passada em uma reunião no auditório do SEBRAE. Fruto de estudos e entrevistas com quase 80 artistas e produtores da Região Metropolitana de Belém ele traz uma grande novidade para quem vive e estuda esse mercado há anos: a sistematização de dados e informações indispensáveis ao empreendedor. Algo imprescindível para seu desenvolvimento como mercado.
Através desse estudo é possível ter noção de como funciona o mercado fonográfico nacional e como se insere nele o singular mercado paraense, hoje objeto de estudiosos do mundo inteiro, graças, principalmente, ao fenômeno regional de massas chamado tecnobrega.
Além de questionários objetivos foram feitas entrevistas qualitativas com os principais agentes que atuam no mercado da RMB hoje: representantes da MPP (Cesar Escócio da ACLIMA), do rock (Rui Paiva, da Pro Rock), do brega clássico (Fernando Belém), da música de raiz (Marcio Jardim, da Associação de Percussionistas do Pará/Amapá), além de produtores e empresários do Coletivo Megafônica, MM Produções, Dançum Se Rasgum e NA Music, entre outros.
O documento faz parte agora do escopo do projeto Pará Pro Música, que vai ser lançado oficialmente na próxima sexta-feira, 19, depois deste Carnaval chuvoso, às 14h30 no auditório do Sebrae-PA na Av. Municipalidade, bairro do Telegrafo.
O projeto Pará Pro Música pode dispor de até meio milhão de reais durante três anos e traz entre as ações previstas a criação de uma feira de música de Belém (do Pará?), cursos de produção musical em nível tecnológico, formação e fortalecimento de rede de negócios, incentivo a mostras e festivais através de ações de promoção, participação em feiras nacionais e internacionais, além da qualificação empreendedora que cabe bem ao Sebrae.
O projeto pode significar uma pequena (enorme) revolução no mercado musical paraense, ainda mais quando for linkado às ações de apoiadores e colaboradores como a Secretaria de Estado de Cultura e outros órgãos, inclusive da iniciativa privada. Tal projeto, no entanto, impõe um desafio à classe artística e aos empreendedores do setor: organização e participação. Desafio que requer boa vontade de passar por cima de rusgas e ressentimentos que este mercado fomenta a todo momento. Será que, por tão pouco, vamos perder mais uma vez o bonde da História?! Se a música é o que Adorno diz que é, acredito que há uma chance de superar isso.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Entrevista Especial: Pro.Efx

por Ana Clara Matos
O DJ e MC, paraense, de dancehall e raggamuffin' Pro.Efx representa muito bem a Música Contemporânea do Pará. Um dos fundadores do Coletivo Blacksfera, ele está repleto de novidades para 2010 e conta alguns dos seus planos e um pouco da sua história nessa entrevista especial para o Ver-o-Pop.

Pro.eFX(PA) feat Arcanjo Ras(SP) - dirigido por Hugo Cezar - direto da 4ª edição do festival Se Rasgum

Bem, me fale das tuas primeiras experiências musicais?
Cara eu comecei na musica bem muleque ainda como baterista de algumas bandas undergrounds locais, e isso se estendeu por vários anos, mas sempre sem disvirtuar minha tendência para música negra como reggae e rap, inclusive isso sempre foram minhas influências, tanto no estilo de tocar como de compor. Já em 2000, junto com o Jacob Franco (atual guitarrista da banda Projeto Secreto Macacos -
www.myspace.com/projetosecretomacacos ) lançamos a banda Dubcoreattack, que teve até um destaque legal na cena local e um pouco antes disso fui apresentado aos softwares de produção musical e isso revolucionou de vez meu modo e ver a música. Em 2001, larquei de vez as baquetas e me enfiei nesse mundo da música digital.

Como é o teu método de produção atualmente?
É tudo basicamente atraves de softwares uma mesa e um mic proficional. Com isso já se pode fazer um estrago imenso.

clipe dirigido por Roger Paes

Quais são as tuas principais influências atuais?
Minha grande influencia sempre foi a cultura jamaicana e todas as suas vertentes. Também sempre fui muito ligado ao jungle, das suas raízes na Jamaica. Quando decidi criar minha 1ª linha de produção, não tive dúvidas, foi o raggajungle, por ser uma novidade aqui no Brasil e por poder contar com vários artistas pra criar junto a mim essa ideia.

Como está sendo a resposta do teu trabalho, aqui em Belém, no Brasil e no mundo?
Como era de se esperar por aqui está sendo meio lento. Com relação ao Brasil e o resto do mundo, eu costumo dizer que sou mais conhecido em locais onde nunca estive do que na minha própria terra. Mas tenho músicas espalhadas por todo o mundo. Em net radios da França, Itália, Reino Unido; além disso, saiu uma música minha num CD lançado junto com uma HQ gringa chamada "Dread and Alive", 1ª HQ com personagens jamaicanos. E estar do lado de artistas como Sly and Robby foi a melhor notícia desse ano para mim. Estou negociando com duas netlabels francesas para lançar o CD e o físico aqui no Brasil, vai sair pelo selo do Johnny B Good; e no site da pleimo (www.pleimo.com/proefx ) sou um dos destaques como um dos artistas mais vendidos.



Quais são os planos para 2010?
2010 é o ano da colheita como venho dizendo. Estou produzindo o CD novo do Arcanjo Ras, também estou produzindo faixas para o Jimmy Luv. Estou na produção do CD novo da Lú Guedes. Está saindo um CD junto com o DJ Konsiderado, pelo selo da Red Bull Academy.
E esse ano também lanço um CD só com inéditas com participações de artistas de todo o Brasil.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Nada Label: Selo americano proporciona novos caminhos para a música independente nacional


Chega ao mercado musical o selo http://www.nadalabel.com/ , site especializado em música com objetivo de oferecer ao artista, um espaço para divulgar e vender suas músicas. A empresa Nada Label é global, sediada nos Estados Unidos, chega ao mercado em quatro diferentes línguas (Inglês, Português, Espanhol e Chinês), proporcionando aos artistas expansão total de suas músicas e estilos. Você pode ter acesso ao que existe de mais interessante e também ao que está sendo produzido de mais novo, apenas acessando o portal http://www.nadalabel.com/ .

Queremos que a Nada Label se torne referência musical para músicos e artistas independentes. No site os músicos terão um espaço próprio e personalizado para carregar suas músicas, vídeos e fotos. Poderão criar biografias e interagir com seus fãs. Além da oportunidade de gerar receita, com intuito de ajudar na evolução de sua carreira artística, pois cada música será vendida, e cada músico poderá receber um cachê de incentivo de seus fãs através de cartão de crédito, ou do paypal.

A Nada Label também oferece ao produtor musical ou ao organizador de eventos, uma ótima oportunidade de conhecer novos talentos. E para os fãs, a chance de ouvir e prestigiar suas bandas favoritas. Isto é, informação de primeira qualidade, sendo o tempo inteiro renovada.

Navegando pelo site, você ficará sabendo de tudo que acontecerá no cenário musical mundial. Traremos agenda de eventos, enquetes, entrevistas, comentários e textos de músicos com dicas e curiosidades, além de novas funções no site. Tudo para criar um ambiente agradável, interativo e promissor.

Os interessados podem se cadastrar gratuitamente, como usuário ou como artista. Nosso trabalho é música e música independente da maneira como ela é sentida e produzida.

Agora é só ouvir e experimentar!
www.nadalabel.com


Contatos: sidney.pereira@nadalabel.com

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Edição Especial: Carnaval, Grito Rock, independência e formação do público: por um mercado independente


Por: Carlos Rogério Duarte - publicado originalmente no dia 12/02/10 e no http://identidademusical.com.br/blog/2010/02/12/crnvlgrckindep/

O carnaval começa hoje, e hoje já dormi irritado com um vizinho da rua de baixo, que ouviu samba a noite toda. Não tem jeito: quem mora no Brasil tem de aceitar que é quase impossível fugir de carnaval e futebol. Gostemos ou não, temos de entender que essas são duas de nossas maiores manifestações culturais. Aliás, já me meti aqui – apesar de essa não ser a minha especialidade – a analisar o samba-enredo “Vai Passar”, de Chico Buarque. Também já usei o carnaval pra pensar um pouco a respeito de canções de 365 e de Visitantes. Tentativa de relacionar a maior festa popular do Brasil – que, em boa medida, já está pasteurizada pelas transmissões de tv – com o melhor da MPB e do rock paulistano.

Mas acordei consolado, porque hoje à noite acontece o Grito Rock São Paulo, no Studio SP, com dois espetáculos antológicos: shows de Macaco Bong e Porcas Borboletas.

Quem acompanha este blog, sabe que já escrevi três textos sobre o Porcas: um sobre o primeiro trabalho deles, um sobre a canção “Menos” e outro sobre um show que fizeram no mesmo Studio SP, em 2009. Sobre o Macaco Bong, escrevi um no mês passado, que estourou de acessos.

Talvez a gente se esqueça de que a nomenclatura “Grito Rock” remete aos “gritos de carnaval” – aqueles blocos que saem antes dos dias oficiais do feriado, excitados pela proximidade da festa. Não sei se o nome “Grito Rock” foi, no nascedouro, inspirado em uma certa resistência à alienação inerente ao carnaval. É desnecessário retomar o debate aqui: o carnaval seria, numa determinada linha de raciocínio, o feriado que serve para a população, de todas as classes sociais, alienar-se da realidade, mergulhar na cerveja, nos lolós e nas músicas fáceis. Por outro lado, o rock seria um gênero mais radicalmente ligado à contestação. Deixando de lado exageros e sectarismos, tudo isso tem muito de verdade. Mais ainda: na história da canção brasileira, cada vez mais os lançamentos de carnaval têm aquela feição repetitiva, que enjoa, feita pra “tirar o pé do chão”, na euforia gratuita, de massas, completamente vazia, meramente festiva... por quê?

As bandas independentes têm papel relevante nesse contexto, por meio do Grito Rock – principalmente se considerarmos que ele é, de certa forma, uma contestação, não ao carnaval em si, mas ao modelo de mercado que ele ajuda a sustentar. Mas aí entramos na questão delicada, aquela que me levou a escrever este texto: falta, muitas vezes, uma definição precisa de o que é ser independente.

E aqui vou insistir em meu estudioso preferido: Luiz Tatit (na foto à direita), cujo grupo Rumo foi um precursor dos independentes de hoje. No artigo “Antecedentes dos independentes”, de outubro de 1984, que hoje pode ser lido no livro Todos Entoam, o compositor e professor da USP revê a história da canção brasileira sob uma perspectiva bastante curiosa: as relações entre função técnica (técnicas de gravação, reprodução, divulgação, etc) e função artística. Para ilustrar: no início do século XX, os cantores tinham de ter vozes potentes para que as gravações tivessem mais qualidade, devido à precariedade dos processos de gravação.

Pois bem: pra resumir bastante – insisto aqui que todo mundo que trabalha com música tem de ler o texto integral do Tatit –, com a evolução das tecnologias, as duas funções tiveram maior ou menor proximidade, de acordo com o gênero musical, com a faixa de público atingida e com a época. Avaliando o movimento independente da década de 80, em São Paulo, chamado tradicionalmente de Vanguarda Paulista, associada ao próprio Rumo e a Itamar Assumpção, Tatit afirma o seguinte:

Como essas empresas [as grandes gravadoras] invadiram o domínio artístico assumindo também suas funções (visando maior controle do produto), esses artistas [independentes] embora em proporção infinitamente menor, passaram a acumular em ampla escala a função técnica, território inviolável das gravadoras.

Trata-se, com as diferenças acentuadas pelos progressos tecnológicos de trinta anos, exatamente do processo que vivemos hoje em escala acentuada. E depois, ainda diz o seguinte:

Daí decorre a noção de artista independente. Ao invés de permanecer à espreita de oportunidades ou de se submeter a julgamentos, quase sempre humilhantes, por parte dos empresários-produtores, o artista percorre toda a trajetória da produção e da divulgação do disco, enfrentando toda sorte de obstáculos, pagando todos os custos, para no final concluir que o preço de seu LP não saiu tão caro (principalmente se comparado a produções de áreas vizinhas como o cinema, por exemplo), a técnica empregada não foi tão complexa e a distribuição e divulgação em escala modesta foram suficientes para o reembolso do capital inicial.

Impressionante que o texto tenha sido escrito há mais de vinte e cinco anos. O artista independente continua sendo aquele que não aguarda as oportunidades e acumula as funções técnica e artística – gozando de total liberdade de criação. Por outro lado, as possibilidades infinitas de gravação que o desenvolvimento tecnológico trouxe nas últimas duas décadas talvez tenham gerado uma oferta excessiva – para usar um termo mercadológico – de produções artísticas, o que resulta em concorrência violenta. O Toque no Brasil e o Grito Rock são exemplos disso: centenas, talvez até milhares de bandas pelo Brasil, disputando um lugar ao sol, dispostas a mostrar o trabalho por pouca ou nenhuma remuneração.

Não pretendo avaliar esse cenário de forma aprofundada, nem prever os rumos que o mercado da música independente tomará. Mas é importante analisar alguns detalhes.

O primeiro, que me parece fundamental, é de ordem estética: a efervescência da cena musical independente dá voz a propostas musicais ousadas. Se quisermos, dá o direito ao grito (rock) de que falava o narrador de A Hora da Estrela, de Clarice Lispector. Bandas independentes como Macaco Bong e Porcas Borboletas – só pra citar as duas que gritam rock hoje à noite – criam trabalhos conceituais, artisticamente ousados, que passam longe dos produtos pasteurizados das FMs e das trilhas de novelas. Mais do que isso: a difusão de propostas como essas contribui no processo de formação do público, invertendo a chave dos grandes meios de comunicação. Em palavras bem simples: a aceitação cada vez maior de bandas como Macaco e Porcas desbanca a ideia de que “o público que se divertir, dançar e cair de bêbado, sem pensar” – justificativa dos mais conservadores para a produção do lixo musical que nos agride os ouvidos.

Segundo detalhe: quero acreditar que, com o tempo, o público saiba diferenciar, com base no processo formativo que vem experimentando agora, as bandas independentes de projetos ousados das que, embora independentes, apenas repetem o modelo de “sucesso” (que também está em xeque) das grandes gravadoras. Mas não posso acreditar que a indústria fonográfica não tenha se dado conta das alterações que o mercado de música vem sofrendo. Nem tenho tanta fé na humanidade a ponto de acreditar que, no futuro, só vingarão bandas de propostas ousadas. Nem acho que isso seja saudável: a canção, ao longo de todo o século XX, foi feita para consumo. Em teoria, não acredito que seja um problema a existência dos produtos pasteurizados do mercado – todos queremos dar uma chutada no balde de vez em quando, quando a vida está difícil, e não queremos pensar em nada, só curtir. Mas acredito que seja grave que proposta ousadas esteticamente não tenham o espaço e o investimento que merecem.

Daí ao terceiro detalhe: pouco vale uma proposta estética ousada se aqueles que a criaram não tiverem chances de dar-lhe continuidade. Atualmente, as bandas têm se virado com cachês apertados, incentivos públicos e algum apoio isolado da iniciativa privada. Empregos fixos, que nada têm a ver com música, são uma alternativa para muita gente. Com sorte, surgem empregos que dialogam, em alguma medida, com a música. Mas a verdade é que, apesar de o estarmos construindo, ainda não alcançamos – nem sabemos exatamente o que virá a ser – o mercado (não apenas a cena) independente de música, em que músicos e profissionais da área de música independente tenham uma remuneração digna e possam dedicar-se a seu trabalho: a integração equilibrada entre as funções artística e técnica.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Edição Urgente: Pará Pró Música

No próximo dia 19 (sexta-feira), às 14h30, no auditório do Sebrae (PA) - rua Municipalidade, 1461 - haverá um grande encontro entre os músicos, produtores culturais, ou profissionais ligados à cadeia produtiva da música no Estado.

O objetivo é confirmar a execução de um dos projetos mais importantes já pensados para a profissionalização da categoria, o Pará Pró Música. Todos estão convocados para esse momento histórico.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Entrevista Especial: Miguel De Laet - Editor da revista Violão Pro


Miguel De Laet é editor de uma das revistas especializadas mais importantes do País, a Violão Pro. Além de jornalista, o músico tem uma vasta experiência no mundo das seis cordas, conheça mais sobre ele nessa entrevista exclusiva.


Miguel me fale sobre a revista?
A Violão PRO é uma revista voltada para violonistas profissionais, amadores e amantes do violão, independente de segmento. O foco dela é o instrumento em si. Lá você encontra entrevistas com grandes nomes da música, matérias especiais de conteúdo técnico, análises de instrumentos, acessórios e equipamentos disponíveis no mercado, produtos, novidades do mercado musical, lições e transcrições, entre outras coisas.

Como é a tua relação com a música e com o violão, especificamente?
Eu sou formado bacharel em música, violonista erudito, trabalhei como músico de estúdio, sideman e também fui violonista e vocalista de uma banda chamada Metal Jam, considerada pela critica especializada uma das principais bandas de prog metal do país.

Quais e quem são as tuas influências musicais?
Bah, muitas! em termos de composição fui muito influenciado pelo trabalho de Leo Brouwer e por caras que tive o privilégio de ter como professores, Arrigo Barnabé e Paulo Zuben. Além disso, sou um grande admirador da cultura ibérica. Adoro o trabalho de músicos como Vicente Amigo, Paco de Lucia, entre outros.

Como está sendo a repercussão da revista, entre o público direcionado (violonistas) e o público de um modo geral?
Ela é considerada hoje o principal veículo do segmento, líder de mercado, distribuída em todo o Brasil. Fiquei muito feliz quando a Violão PRO foi referência do ENADE, a prova que avalia a qualidade dos cursos superiores do país, em sua edição de 2006. É um exemplo do reconhecimento por parte dos acadêmicos. Quanto ao público de um modo geral, não tenho dados, por isso não sei informar.

Para quem ficou interessado, qual é o site?
www.violaopro.com.br , mas o site será reformulado. Isso porque a editora da VP lançará em breve um portal chamado MusicTube. Esse site trará uma nova experiência de interação com a música e foi concebido por colaboradores brasileiros, indianos e ucranianos. A Musica&Mercado, editora da VP e de outras revistas como a Sax&Metais, abriu recentemente um escritório nos Estados Unidos para cuidar desse portal mundial.

Bem, quero saber o que conheces da música paraense? Aqui tem um dos maiores violonistas do mundo o Salomão Habib, conheces o trabalho dele?
Não conheço, conheço pouco da música paraense. Conheço tecnobrega e tenho alguns colegas paraenses formados na UFPA e também da estadual. O Cristiano, um amigo paraense, que coloco como um dos grandes jovens talentos do violão brasileiro, chegou a vencer concursos importantes do nosso calendário, como o Souza Lima. Quanto ao trabalho de Habib, realmente não conheço. mas gostaria de ouvir algo dele.

Quanto tempo tem a revista e a circulação dela? Distribuição nacional? Queres deixar contatos?
Sim, distribuição nacional. a revista existe desde 2006. As pessoas podem entrar em contato conosco atraves do nosso site www.violaopro.com.br , nossa comunidade do orkut, seguir nosso twitter www.twitter.com/violaopro e por email editor@violaopro.com.br . Para assinar, entre em contato assinaturas@musicaemercado.com.br

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Sebrae: Apresentação do Diagnóstico do Projeto Pará Pró Música



A Equipe de técnicos do Sebrae-PA apresenta hoje, às 14h30 (em ponto), no auditório (Rua Municipalidade, 1461), o diagnóstico do projeto Pará Pró Música, que tem como objetivo ajudar toda a cadeia produtiva da música paraense.




domingo, 7 de fevereiro de 2010

Filhos de Glandis é Forevis e é Hoje



Vai começar a esculhambaçãozis! Cada paralelepípedis da Cidade Velha vai se arrepiar mais uma vez com a passagem do bloco mais irreverentis e de duplo sentido do Carnaval paraense.

Domingo, 7 de fevereiro.
Concentração a partir das 14h, na Praça do Arsenal.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

GRITO ROCK BELÉM: SEXTA E SÁBADO E INDEPENDENTES DO BRASIL


http://www.4shared.com/file/213660626/81903f2d/IDB_NACIONAL4_30012010.html

Nessa sexta e sábado, o público que gosta de música autoral e de qualidade, vai ter uma grande opção, o festival Grito Rock. Além disso, o programa de web radio Independentes do Brasil vai comemorar três anos de existência (link da edição passada). O Grito Rock será transmitido direto do African Bar, pelo programa. e poderá ser escutado, através do link: http://www.independentesdobrasil.com/
---------------------------------------------------------------------------
Por Andro Felipe - Núcleo de Comunicação Coletivo (www.megafonica.blogspot.com ) Megafônica
À hora do Grito Rock Belém se aproxima cada vez mais, as bandas de fora estão chegando a prestação de todo lugar. No porto de forma aquática ou no Aeroporto através dos famosos aviões que voam.

É por isso que amanhã a partir das 22h00min a festa vai ter inicio, e o Coletivo Megafônica faz o convite a todos para comparecerem e desfrutarem de duas noites de muito Rockenroll na cabeça, e para os que se darem bem, muito Rockenroll nas duas cabeças.

Os ingressos antecipados já estão a venda nas lojas Ná Figueredo, e para quem quer sacar o som das bandas que vão se apresentar, só é descer a pagina do blog do Megafônica para ver os links do Myspace.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

CulturAtiva: Jam Session do Bem



Você está convidado para o evento Jam Session CulturAtiva na Quinta dia 04 de Fevereiro, às 21 horas, no Espaço Cultural da Cidade Velha ao lado da Praça do Carmo com os músicos , Nilson Chaves, Salomão Habib, Paulo Assunção, Camillo Delduque, Delclay Machado, Mário Moraes, Juçara Abe, Adriana Cavalcante, Marcos Campello, Calibre, Mini Paulo, Aíla Magalhães, Nazaco (Trio Manari), Bruno Benitez, Adelber Carneiro, Grupo Charme do Choro, Juliana Sinibú, Joelma Kláudia, Pedrinho Callado entre outros, onde iremos angariar fundos para o início das oficinas de 2010 que trabalha com crianças e adolescentes da Comunidade Menino Jesus do Porto do Sal, do bairro da Cidade Velha!Aguardo sua presença para as flores florirem!Solicite seus convites comigo!
Atenciosamente,
Natália Azevedo 91 8193 4508

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Reprise do programa Independentes do Brasil


É isso aí. Para quem perdeu a edição de sábado do programa de web radio Independentes do Brasil, tem mais uma chance hoje, mas a partir da meia noite. Se eu fosse você, não perderia. http://www.independentesdobrasil.com/
Nessa edição, Sidney Filho (Eu), Diego Fadul (Aeroplano), Raul Bentes e Andrey Ledo entrevistaram os músicos Andro Bauldelaire e Saul Smith, da banda Vinil Laranja.

http://twitter.com/indepdobrasil
http://www.independentesdobrasil.com
Msn: independentesdobrasil@hotmail.com
Youtube: http://www.youtube.com/idbpa08

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Entrevista Especial: DJ Benjamin


O DJ Benjamin é o grande orgulho paraense, na música eletrônica. Além de ter conquistado espaço com todo o talento, ele também está concorrrendo entre nomes representativos do circuito nacional, no quesito DJ Revelação (http://djmag.com.br/bestbrasil2010 ). Conheça mais sobre e saiba do que estou falando nessa entrevista especial.

Como está sendo essa experiência de tocar em São Paulo? Como é o público daí?

São Paulo é incrível. Não é uma cidade fácil, mas sem dúvida oferece muitas oportunidades para quem trabalha com música - não é a toa que vários artistas de Belém vem pra cá. O público daqui é bem exigente, é legal ver que tem muita gente que não necessariamente é DJ mas pesquisa e conhece muito. Claro que não posso deixar de mencionar meus amigos que já me ouviam em Belém e que hoje me dão a maior força por aqui me acompanhando nas festas, assim como muitos paulistanos e gente de outros lugares também.

Várias coisas legais aconteceram no início desse ano, como a entrevista que dei pro jornalista e DJ inglês Jonty Skrufff - http://rraurl.com/cena/7043/Benjamin_Ferreira_D.I.S.C.O . e a indicação ao prêmio de DJ revelação de 2009 no Best Brasil da revista inglesa DJ Mag. Aliás, a votação ainda está rolando e o público pode votar quantas vezes quiser - basta entrar no site http://djmag.com.br/bestbrasil2010 . Quem vota tem que escolher todas as categorias, então eu destaco gente como Magal, Renato Cohen, Rotciv, o selo Mister Mystery, o blog Bate-Estaca, o programa de rádio Chaosmopolitan, a promoter Flávia Durante e o fotógrafo Fábio Tavares. E se puder me ajudar votando em mim, eu também ficarei muito grato! (risos)

Em relação ao público de Belém. O que poderias destacar?
Sinto muita saudade de Belém. Gente animada sempre, meus amigos (e, claro, minha família e meus cachorros). Assim como em Sampa, a vibe é sempre fantástica - povo dançando, pulando, perguntando nomes de música, acompanhando meus sets na web e indo aonde eu toco. Voltar a Belém me faz sempre muito bem, me sinto livre pra experimentar no som, o público confia em mim, entra nas viagens, entende a mensagem se eu toco coisas inusitadas pelo meio do set.

Quais são os teus projetos em relação a tua produção musical?

Comecei um remix com um amigo meu, Erico Theobaldo, da banda Telepathique (http://www.myspace.com/telepathique ). O artista que estamos remixando ainda é surpresa, mas o que posso adiantar é que vários instrumentos acústicos estão sendo usados no remix, o que é um puta tesão. Também estou finalizando um remix à distância com meu amigo de Belém Bernardo Pinheiro, de uma faixa obscura do Biddu Orchestra de 1977. Outros parceiros devem surgir ao longo do ano, e também estou fazendo alguns edits sozinho, de músicas gringas e também brasileiras. Fiquem ligados no meu site - www.myspace.com/benjaminferreira e no meu blog www.boogiecentral.blogspot.com pra saber das novidades!

Onde estás se apresentando atualmente?

Tenho uma residência mensal no Vegas (de São Paulo) - a festa Xiliquê, com o DJ Felício Marmitex. É uma festa beneficente que também tem um blog (http://www.xilique.com.br/ ) com informações sobre música e voluntariado. Tenho tocado em várias casas da cidade como D-Edge, Hot Hot, Volt, Audio Delicatessen e no próprio Vegas, em outras noites como Dig It? e Discology. Tenho também gigs marcadas na Virada Cultural do Estado de São Paulo, que rola simultaneamente em várias cidades do interior - me apresentarei duas vezes na cidade de Araçatuba em maio.

O que poderias contar do que está acontecendo na cena da música eletrônica, de Belém, do Brasil e do mundo?

A noite de Belém tem muita gente a fim de aumentar o número de opções de festas com música de qualidade: BemBom, de Geraldo Nogueira e Mari Jares, a festa Hype, do Albery, a Mondo, a Só 80 do parceiro de longa data Fábio Miranda que está super bem, tanto a festa quanto o programa na Rauland. No Brasil e fora daqui também a disco music voltou com força total, e o melhor de tudo, aberta à mistura com outros sons como house, techno , soul, funk, música latina e até mesmo rock. Estamos vivendo um momento muito promissor e rico musicalmente falando, então minha expectativa é que 2010 seja um ano maravilhoso para quem gosta de música e de sair à noite - seja em Belém, no Brasil ou no exterior.

E pra quem quiser manter contato, além do Myspace (www.myspace.com/benjaminferreira ), do meu blog (www.boogiecentral.blogspot.com ) e do meu site no rraurl (www.rraurl.com/benjaminferreira ) que tem vários sets, tem também o www.formspring.me/benjaferreira pra quem quiser fazer perguntas, e meu Twitter www.twitter.com/boogiecentral . Obrigado a você, Sidney, pelo espaço em seu blog, e a todos os amigos que acompanham meu trabalho e sempre incentivam. A vocês todo meu carinho, hoje e sempre!