domingo, 27 de dezembro de 2009
Entrevista com Sidney Filho: O ROCK SALVA
Entrevista originalmente publicada no blog do Nicolau: www.qualquerbossa.blogspot.com
O cearense Sidney Filho chegou em Belém há 15 anos. Meu colega de turma na universidade de jornalismo, aprontou muito no circuito independente da cidade. Começou a escrever para internet em 1999, para o site www.ibelem.net, onde assinava a coluna "Nem Alhos, Nem Bugalhos". Em 2004, começou a escrever também para outro extinto site paraense www.miriti.com.br, com uma coluna já dedicada exclusivamente a divulgação das novidades sobre as bandas autorais paraenses. Em 2005, colaborou com o site www.senhorf.com.br. Em 2007, escreveu para o site www.showlivre.com.br, e o nome da coluna era "Independência ao Norte". Sem deixar o Show Livre de lado, Sidney alimenta com freqüência dois blogs que já são referência na blogosfera paraense, o Ver-O-Pop e o Rock Pará. Agora Sidney Filho deu um passo adiante, tendo seu trabalho reconhecido internacionalmente. Ele é o mais novo colaborador internacional do portal do selo americano Nada Label, que traz entre suas missões e objetivos promover a interação do público americano com os artistas de vanguarda do rock e da música contemporânea, inclusive pelo Brasil. Graças a ele, a audiência do Bafafá Pro Música, por exemplo, já é internacional. Sidney Filho tem grandes serviços prestados ao rock e à música paraense. Confiram o bate papo que tivemos no dia do Natal.
Nicolau: Como foi que o pessoal do Nada Label descobriu você?
Sidney Filho: Eu recebi um recado pelo Facebook da Delyse-Braun, que tinha conhecido os meus blogs. Ela afirmava que tinha gostado do conteúdo. Ela disse que trabalhava no selo americano de música independente Nada Label. E começamos a trocar figurinhas. Na semana passada, rolou uma apresentação geral com todos os integrantes do site e do selo. E hoje em dia, eu já faço parte da equipe como colaborador e divulgador da música paraense.
Como começou seu envolvimento com a música independente do Pará?
Antes de vir para Belém, eu tinha vindo de Recife, onde morei oito anos. Presenciei todo o nascimento do Manguebeat e quando cheguei aqui, pirei com a cena. De cara virei roaddie de uma das melhores bandas de trash metal do Brasil, o DNA. Depois já na faculdade, conheci outras bandas como Pig Malaquias e Norman Bates, que estava começando. Ainda na faculdade montei dois zines: Torpedo 136 e ZONA.
Você nasceu onde?
Eu sou cearense, mas morei em milhares de cidades. O meu pai é militar da reserva da Aeronáutica. "Não sou de nenhum lugar, sou de lugar nenhum". Mas estou em Belém há 15anos. Sou praticamente paraense, e com muito orgulho.
Você também produziu umas festas e trabalhou com algumas bandas já dessa geração da música paraense. Conta um pouco...
Bem, eu produzi várias bandas: Cravo Carbono, A Euterpia e Madame Saatan. Além disso, eu, o meu primo (Miler) e o meu irmão (Beto) produzimos uns eventos no Mormaço, quando no Mormaço só ia a pior espécie, que foi o "Ver-o-Pop", que atualmente é o nome de um dos blogs que edito.
Você é um observador atento dessa tal cena paraense. Como você avalia o momento atual? Estamos preparados para mais um ciclo de expansão do rock e da música paraense?
O que é mais interessante atualmente é que estamos passando por uma época de transição, muito mais ligada ao mercado. Muitas coisas ainda estão indefinidas. Só que o mais importante é que Belém é o olho do furacão, sobretudo, quando se fala de música contemporânea. Uma cidade que gera bandas nada parecidas, como Norman Bates, Madame Saatan e Retaliatory, por exemplo, merece atenção do mercado.
Pois é, e tem o Aeroplano, Suzana Flag, Juca Culatra, Pio Lobato, Clepsidra e um monte de coisa diferente e "fresca" aos ouvidos...
Sem contar os Mestres Verequete, Cupijó, Laurentino, Chico Braga etc. Belém é um celeiro de músicos e músicas inacreditáveis!
Você acha possível que artistas como esses, por exemplo, possam estar lançando em breve discos por selos internacionais?!
Eu acho que hoje em dia, vivemos a maior revolução de todos os tempos, que é o poder da comunicação, através da internet. Então, por exemplo, o BNegão já excursionou para Europa várias vezes, com contatos feitos pela internet. Seria, sim, completamente viável.
Engraçado que Belém, às vezes, parece surda para algumas dessas coisas. O movimento tem que vir sempre de fora pra dentro?
O mais absurdo é isso. Aqui é um celeiro de músicos geniais; mas como tudo no Brasil é preciso que alguém de fora reconheça, para que a população local também acabe dando valor. Infelizmente, isso é coisa de brasileiro mesmo. Mas os ouvidos já estão se abrindo. Apesar disso, parece que as bandas locais vivem num universo paralelo que a elite falida da cidade prefere não reconhecer e é viciada em festinhas que tocam as tristes bandas cover, ou os DJs, que ainda tocam Dire Straits e U2. Essas bandas mega grandes não precisam disso, e nas festas daqui deveriam tocar as bandas autorais, tanto nos palcos quanto nas pick ups.
Muitas vezes os caras ignoram mesmo. Não há conexão entre certos DJs descolados e a produção local. Na verdade há uma certa disputa entre DJs, produtores e músicos. Alguns são mais estrelas do os ‘”artistas”. Isso também parece uma característica de Belém...
Eu acho isso tudo muito surreal. Porque em São Paulo, eu cheguei a ouvir La Pupuña e Suzana Flag numa festa da Outs (só não lembro quem era o DJ). Então, não querendo ser demagogo ou algo parecido, mas a palavra de ordem de 2010 será SOMA. Não dá mais para haver essa disputinha barata, todos têm o mesmo objetivo: impulsionar a cena. Então, como já disseram os Ramones várias vezes: Hey Ho!! Let's Go!!
FELIZ ANO NOVO
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Impressões sobre o Teatro Mágico...E um Feliz Natal
Devo confessar que fui para o show do Teatro Mágico, no deck do Hangar (Belém do Pará) cheio de pré-conceitos. E a melhor coisa é ir para uma apresentação sem conhecer praticamente nada da banda. As expectativas são maiores e as melhores.
Na verdade, tudo começou mesmo, com a presença de Everton Rodrigues (assessor de imprensa) e Gustavo Anitelli (produtor executivo), que fazem parte da equipe do Teatro Mágico, e que se reuniram para discutir com fãs da banda, com jornalistas e produtores culturais da cidade sobre a principal premissa que impera no mundo, atualmente, o poder da internet. Isto é, um novo paradigma está imperando e os grandes empresários da cultura da música não querem aceitar, o poder da Música Pra Baixar (http://musicaparabaixar.org.br/).
Já no dia do show era possível sentir uma certa comoção na cidade, todas as pessoas só falavam da banda, Bem ou Mal. Fui, realmente, para ver qual era daquela história toda. O único pesar da programação do evento foi a abertura feita pela banda do Exército (nada contra); mas por que não colocaram uma banda autoral do Pará para abrir? Fica a dica.
Bem, quando começou o show, estavam presentes mais de duas mil pessoas em todos os espaços possíveis, era algo impressionante. Ainda não consigo citar os nomes das músicas, porque ainda sou um fã novo (isso mesmo, virei fã da banda). Eles conseguem ser odiados ou amados de uma forma intensa.
O que se vê é uma mistura muito bem feita e impressionante, de boa música, teatro, artes cênicas e o que mais vier. Além disso, o vocalista Fernando Anitelli tem um relação interessante com os fãs, transformando-os em parceiros durante toda a catarse. Além de tudo isso, esse espetáculo memorável ainda contou com a participação dos guitarristas paraenses sensacionais do Ponto de Cultura Casarão Cultural Floresta Sonora, Léo Chermont e Marcelo Gummy
Bom, posso falar que virei fã mesmo. Muito Obrigado.....Aproveitando Feliz Natal pra todos e....SÓ A BOA MÚSICA SALVA.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Entrevista Especial: Vinicius Passos - Editor-chefe do blog 100 grana - Cultura Pop para Lisos
Diego Andrade, Vinicius Passos, Danilo Passos e Sérgio Fiore (Revista Época)
www.100grana.com.br
O blog paraense 100 Grana - Cultura Pop para Lisos já se tornou referência do blogosfera paraense, através da revista Época (http://100grana.wordpress.com/2009/09/09/sim-o-100grana-esta-na-revista-epoca/), e além disso foi o vencedor da categoria "Blog de Opinião" da segunda edição do concurso "Melhor Blog Paraense". Conheça mais desse fenômeno da internet, nessa entrevista com o Editor-chefe, Vinicius Passos.
Como surgiu a idéia de fazer o blog 100 Grana?
Em 2003, éramos um trio de lisos que, empolgados com a mídia dos blogs, e decidimos fazer um próprio falando sobre o que mais gostávamos (cinema, quadrinhos, tevê, etc.), mesmo sem ter dinheiro pra comsumir tudo isso direito, daí nasceu o nome. Em 2006, depois de idas e vindas, resolvemos dar uma cara mais profissional ao negócio e agora estamos com novos rumos adiante.
Qual era a experiência de cada integrante do blog, no mundo cibernético, antes do 100Grana?
Basicamente, todos tínhamos experiência como usuários, apenas.
Como foi a repercussão da matéria na revista Época sobre o blog? E como surgiu o convite?
O convite foi devido à pesquisa de um professor universitário do Espírito Santo, Fábio Malini. Ele está mapeando a blogosfera brasileira e nos indicou como um dos principais blogs da Amazônia para a revista Época, que estava fazendo a resportagem. Quem nos entrevistou foi a premiadíssima Eliane Brum. A repercussão têm sido excelente, tanto pelos novos leitores (muitos daqui de Belém, que não sabiam que existíamos) quanto pelos novos contatos.
Quais são as perspectivas agora pro blog? E vocês já conseguem ter grana com o blog?
Estamos com vários planos para 2010. Manteremos o que tem tido sucesso mas vamos evoluir. Muitas novidades por vir. A grana, logicamente pensamos nela. Mas só virá se fizermos um bom trabalho, se melhorarmos ainda mais, dando condições para que mais parceiros se interessem por nós. É um objetivo, mas não o principal, não o único.
sábado, 19 de dezembro de 2009
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Brabul e o universo das redes sociais
Brabul, ou melhor, Jazz, é uma grandes pensadoras atuantes na internet, sobretudo, quando se fala em redes sociais no Pará. Conheça mais sobre ela, nessa entrevista exclusiva.
Como, quando e por que você começou a se interessar por esse universo de blogs, fotologs e sobretudo twitter?
Na verdade, bem antes dos blogs, eu tinha uns sites. O maior era de letras de música. O menor era um que fiz para a faculdade, no intuito de distribuir apostilas que digitávamos com as gravações das aula. Sempre com o objetivo de reunir a aproximar as pessoas.
Para você qual é a maior importância dessas redes sociais? Seria uma nova maneira de conhecer pessoas e de adquirir conhecimentos?
Na verdade, hoje em dia é um vício. Antes era mais um meios de fazer novos amigos, hoje em dia é uma maneira de estar sempre "por dentro" de tudo. Nem tem um objetivo real, já é costume mesmo.
Me passe todos os contatos das tuas redes sociais e blogs, etc?
http://meadiciona.com/gsknicole quase tudo reunido aqui. São 50 serviços listados. e outros que ja me cadastrei e me esqueci de cadastrar no meadiciona.
Fale sobre o reconhecimendo das pessoas em relação a tua personalidade, por causa de todas essas possibilidades de expressar o teu conhecimento?
Fiz várias amizades, alguns fãs, já ganhei presentes, já fui reconhecida na rua. É uma coisa muito louca, porque ao mesmo tempo que me super exponho na internet, eu não tenho muito essa noção "na vida real" e algumas pessoas acabam se decepcionando quando me conhecem. Elas devem pensar "ela é só isso aí" quando se deparam com uma menininha de um metro e meio.
Tens algum projeto para internet atualmente?
Meu último projeto era me superexpor ainda mais para ver se conseguia entrar no BBB, mas ainda não fui chamada e teve uns efeitos colaterais bem intensos. Junto com os fãs vieram os anti-fãs. E o projeto mais novo é o do podcast sobre sexo
o #pelafechadura, que será gravado, com alguns amigos de São Paulo e de Brasília pelo skype.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Lucas Brito - Lucas Celebridade - O Fenômeno da Internet
Lucas Fama Pop, ou Lucas Celebridade, ou Lucas Brito é um dos nomes da internet atualmente. Conheça o que pensa esse grande comunicador nessa entrevista exclusiva. Direto de Luzilândia (PI) para o mundo. Contatos na internet: twitter - @lucasfamapop; blog: http://lucasfamapop.blogspot.com/
Conte sobre a sua carreira artística?
Sou um Professor de Português. Mas minhas aspirações artísticas falam mais alto. Sou Cerimonialista, Modelo, Ator, Dançarino, Cantor Pop (breve lançarei hit). Um popstar piauiense.
Como surgiu o interesse pelo mundo pop?
Isso é algo que nasceu comigo, quando eu estreie nessa vida.
Quem são os seus ídolos?
Me inspiro em nomes poderosos como Juliana Paes, Xuxa, Mulher Samambaia, Miro Moreira,Angélica, Tatyane Goulart,entre outros.
Para você a internet é, realmente, a melhor maneira para divulgar o trabalho artístico?
Sim. A mídia mais poderosa está fixada nas regiões do Sul e do Sudeste. A internet chega a esses solos, chama atenção das emissoras e faz os personagens nelas revelados se tornarem mitos.
Quando teremos a chance de encontrar com você aqui em Belém?
Quando eu estiver com condições para ir. Mas a culpa é de vocês que ainda não me chamaram para ancorar um evento aí. Talvez pensam que sou tosquinho, mas se enganam com o personagem.
O que você conhece da cultura paraense?
Tenho uma vontade grande de conhecer. Uma amiga luzilandense tem uma irmã que mora em Marabá, ela me disse que é uma delícia tacacá. Ela mandou pra mim um boá de plumas rosa. Muito lindo.
Quais são os teus próximos projetos?
Apresentar ou participar de eventos em todo o Brasil. Sou um artista que adora a diversidade do mundo artístico, quero me inserir. Convites pelo (86) 94465449 (celular) (86) 3393 1222 (rádio pela manhã de 7 às 10)
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Bafafá Pro Música: A festa para fechar o ano
Norman Bates, um dos grandes destaques do BAFAFÁ
A manhã do domingo passado (13) começou um pouco preguiçosa na Praça da República (um dos centros públicos e culturais de Belém) quando algumas notícias começaram a vir à tona sobre o embargo da Prefeitura Municipal de Belém, em relação a utilização da carreta palco para a realização do manifesto musical Bafafá Pro Música. Mas isso não tirou o brilho da festa. E todos os shows ocorreram no anfiteatro da praça.
O pontapé inicial foi dado de uma maneira estrondosa com o hardcore da banda Núcleo Base, acordando quem estava se chegando. Logo depois vieram as melodias da Dharma Burns. E para a mostrar a miscelânea musical, que ainda estava por vir, foi a vez do DJ Morcegão e a Máfia da Baixada.
Quando a compositora Joelma Klaudia subiu no palco, o público presente ficou encantado com a performance dela e com as músicas. Logo depois, foi a vez de outro destaque feminino paraense, Juçara Abe, que junto com o DJ Morcegão, mostraram que toda mistura bem feita é agraciada pelo público.
Já no início da tarde, o grande compositor paraense Rafael Lima fez um show arrepiante. Logo em seguida, utilizando programações e uma dupla de músicos experientes, o baterista Arthur Kunz promoveu um show de jazz experimental, cedendo espaço à música experimental.
A tarde continuava e o público esquentava, dando vez para uma das bandas de rock mais festejadas da cidade, Vinil Laranja, que enlouqueceu quem não arredava o pé. O nível foi mantido com Tomates Verdes, com fortes influências do grunge, e pela banda Xamã, que está completando mais de 10 anos de atividades na noite de Belém. Para abrilhantar a tarde de domingo, a sutileza da Suzana Flag.
Com o local das apresentações, o anfiteatro da Praça da República, completamente tomado pelo público, foi a vez do hardcore do Licor de Xorume. O peso foi mantido com a banda Norman Bates, clássica banda paraense, que mostrou porque o rock paraense é um dos mais vislumbrados no resto do país.
Para fechar com o clima lá em cima, foi a vez do thrash metal do Telaviv, o público já estava completamente alucinado, quando eles subiram no palco. Resultado do Bafafá pro Música: Festival perfeito, mesmo com o embargo da Prefeitura Municipal de Belém; e todos voltaram para casa felizes da vida.
A manhã do domingo passado (13) começou um pouco preguiçosa na Praça da República (um dos centros públicos e culturais de Belém) quando algumas notícias começaram a vir à tona sobre o embargo da Prefeitura Municipal de Belém, em relação a utilização da carreta palco para a realização do manifesto musical Bafafá Pro Música. Mas isso não tirou o brilho da festa. E todos os shows ocorreram no anfiteatro da praça.
O pontapé inicial foi dado de uma maneira estrondosa com o hardcore da banda Núcleo Base, acordando quem estava se chegando. Logo depois vieram as melodias da Dharma Burns. E para a mostrar a miscelânea musical, que ainda estava por vir, foi a vez do DJ Morcegão e a Máfia da Baixada.
Quando a compositora Joelma Klaudia subiu no palco, o público presente ficou encantado com a performance dela e com as músicas. Logo depois, foi a vez de outro destaque feminino paraense, Juçara Abe, que junto com o DJ Morcegão, mostraram que toda mistura bem feita é agraciada pelo público.
Já no início da tarde, o grande compositor paraense Rafael Lima fez um show arrepiante. Logo em seguida, utilizando programações e uma dupla de músicos experientes, o baterista Arthur Kunz promoveu um show de jazz experimental, cedendo espaço à música experimental.
A tarde continuava e o público esquentava, dando vez para uma das bandas de rock mais festejadas da cidade, Vinil Laranja, que enlouqueceu quem não arredava o pé. O nível foi mantido com Tomates Verdes, com fortes influências do grunge, e pela banda Xamã, que está completando mais de 10 anos de atividades na noite de Belém. Para abrilhantar a tarde de domingo, a sutileza da Suzana Flag.
Com o local das apresentações, o anfiteatro da Praça da República, completamente tomado pelo público, foi a vez do hardcore do Licor de Xorume. O peso foi mantido com a banda Norman Bates, clássica banda paraense, que mostrou porque o rock paraense é um dos mais vislumbrados no resto do país.
Para fechar com o clima lá em cima, foi a vez do thrash metal do Telaviv, o público já estava completamente alucinado, quando eles subiram no palco. Resultado do Bafafá pro Música: Festival perfeito, mesmo com o embargo da Prefeitura Municipal de Belém; e todos voltaram para casa felizes da vida.
sábado, 12 de dezembro de 2009
Bafafá Pró Música....IMPERDÍVEL
Serviço:
Show gratuito com 20 artistas na Praça da República, a partir das 10h30.
Informações: associaprorock@gmail.com. 9614 1005
Programação Bafafá
13 de dezembro de 2009
Praça da República
10h – abertura
01 - Núcleo Base
Palco Anfiteatro
10h10 – 10h30
02 - Dharma Burns
Palco Carreta
10h30 – 10h50
03 - DJ Morcegão e Máfia da Baixada
Palco Anfiteatro
10h50 – 11h10
04 - Rafael Lima e Juçara Abeh
Palco Carreta
11h15 – 11h45
05 - Joelma Klaudia
Palco Anfiteatro
11h45 – 12h05
Celular: 8876 8441
06 - Os Baioaras
Palco Carreta
12h05 – 12h25
07 - Vinil Laranja
Palco Anfiteatro
12h25 – 12h45
08 - Arthur Kunz trio
Palco Carreta
12h45 – 13h05
09 - Tomates Verdes
Palco Anfiteatro
13h05 – 13h25
10 - Ataque Fantasma
Palco Carreta
13h25 – 13h45
11 - Suzana Flag
Palco Anfiteatro
13h45 – 14h05
12 - Licor de Xorume
Palco carreta
14h05 – 14h25
13 - Dialetos
Palco Anfiteatro
14h25 – 14h45
14 - Pio Lobato Trio
Palco Carreta
14h45 - 15h05
15 - Xamã
Palco Anfiteatro
15h05 - 16h25
16 - Norman Bates
Palco Carreta
16h25 –16h45
17 - Miguelitos S/A
Palco Anfiteatro
16h45 – 17h05
18 - Telaviv
Palco Carreta
17h05 –17h25
19 - Stereoscope
Palco Anfiteatro
17h25 – 17h45
20 - Retaliatory
Palco Carreta
18h05 – 18h35 (dispersão)
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Blog Som do Norte (www.somdonorte.blogspot.com) - Direto do Sul do País, um blog dedicado à música nortista
Fábio Gomes - Jornalista do Sul apaixonado pelo Som do Norte é o responsável pelo blog Som do Norte (www.somdonorte.blogspot.com), atualmente, é uma das grandes referências nacionais sobre o que está acontedendo de mais interessante na música, dos mais variados estilos, no Norte do Brasil.
Como surgiu o teu interesse pela música paraense? O que você poderia destacar?
Em meu trabalho como jornalista cultural (edito há sete anos o site www.brasileirinho.mus.br), procuro sempre estar aberto para os sons de várias partes do Brasil. Mas só fui me dar conta de que nessas várias partes não estava presente o Norte ao ser convidado pra cobrir o Festival Varadouro, em Rio Branco, em setembro de 2008. Pouco depois, ao começar a trabalhar como assessor de imprensa de alguns artistas de Belém, comecei a ter mais contato com a cena daí, conhecendo outros artistas e me inteirando de características muito peculiares da cena local. Por exemplo, é incomum fora do eixo Rio-São Paulo o artista fazer várias apresentações por mês ou mesmo por semana na própria cidade, em bar e em teatro, durante o ano todo! Isto cria um mercado fantástico. Em Porto Alegre, só pra efeitos de comparação, é raro que o artista local toque na cidade mais que duas ou três vezes por ano, sem falar que show em teatro só se faz pra lançar CD.
Outra coisa incrível na cena de Belém é que vocês têm artistas de muita qualidade em qualquer estilo musical. Eu não gostaria de citar nomes, porque estamos em pleno "processo eleitoral": atualmente, o Som do Norte realiza a enquete Música do Ano, na qual nossos leitores irão apontar, dentre as canções compostas e gravadas por nortistas, qual delas marcou 2009. Num total de 41 músicas, 16 são de artistas paraenses - a relação completa está em http://somdonorte.blogspot.com, e será mantida na capa do blog até o final da enquete, no próximo dia 30. Mas, enfim, não fugindo totalmente da pergunta: dos nomes paraenses que concorrem, três foram indicados pelos leitores - Arthur Nogueira ("Sei Lá"), Joelma Kláudia ("Um") e Madame Saatan ("Rio Vermelho") -, os demais foram pré-selecionados por mim.
Para você, por que a música paraense não consegue um destaque maior na grande mídia e se torna mais popular?
Entendo que você pergunta sobre a música paraense porque é o seu Estado, mas a situação é a mesma se pensarmos na música amazonense, ou sul-mato-grossense ou gaúcha: toda a produção musical feita em qualquer parte do Brasil que não corresponda aos "padrões de mercado" não encontra espaço na grande mídia - quanto mais autoral, densa e distante de estereótipos, mais difícil será sua difusão para as grandes massas. Aí vai de cada artista se posicionar: ao decidir se manter coerente com uma proposta musical que destoe do que a grande mídia veicula, deve estar consciente de que vai ter que trilhar um caminho alternativo a ela. Já houve um tempo em que o Brasil todo cantava música do Pará: ali por1989-90, a indústria fonográfica elegeu a lambada o "ritmo do momento". Isto colocou nas paradas de sucesso tanto grupos autênticos de lambada, com anos de trajetória, quanto dezenas de adesistas, que gravaram lambada almejando o sucesso fácil - e sem demora os adesistas passaram a ter mais espaço que os autênticos.
O resultado é que em pouco tempo o público ficou saturado, o mercado elegou nova "moda", descartando os artistas que até a véspera impunha ao país como "grandes nomes", e a lambada sumiu do mapa. Me corrija se eu estiver errado, mas até onde sei, nem no Pará hoje você encontra grupos, ao menos urbanos, dedicados à lambada. Basta comparar com a situação do carimbó, que não passou por esse processo de superexposição: há muitos grupos de carimbó, e até um campanha para torná-lo patrimônio imaterial brasileiro.
Como surgiu a ideia de criar o blog Som do Norte? E quais foram as repercussões?
O blog Som do Norte é fruto direto do que comentei nas duas respostas anteriores. Aos poucos fui me dando conta de que estava conhecendo todo dia trabalhos musicais de muita qualidade, mas sem a menor possibilidade de ganhar espaço na grande mídia - e nada indica que esse quadro irá mudar. Comecei então a veicular músicas de artistas de Belém no site Brasileirinho, mas aí uma coisa me preocupava. Como o site é focado em choro, samba e MPB, eu não tinha valorizar artistas paraenses de outros estilos, e muito menos como aproveitar devidamente um presente maravilhoso que ganhei do Sistema Público de Comunicação do Acre: centenas de gravações de artistas acreanos, a maioria de rock. Volta e meia também recebia CDs de artistas de Rondônia, enviados por amigos de Porto Velho; ano passado entrei em contato com o grupo Eware, formado por índios Tykuna do Amazonas, que numa entrevista ao site G1 falaram que queriam colocar o som deles na internet mas não sabiam como fazer... enfim, quando vi tinha em mãos um material culturalmente muito rico, por sua variedade e qualidade, e me senti no agradável dever de lhe dar visibilidade. Para isso, eu tinha dois caminhos: ou publicava tudo no Brasileirinho, descaracterizando a proposta original do site, ou criava um espaço novo, unicamente para difundir a produção musical nortista. Óbvio que a segunda opção era muito melhor, e aí coloquei no ar o Som do Norte.
A repercussão tem sido maravilhosa. O Som do Norte já foi citado em vários jornais do Norte - inclusive com grande destaque em A Crítica (Manaus) e no Jornal do Tocantins (Palmas) - e de outras regiões, como O Estado de Minas (Belo Horizonte), a revista Época (São Paulo), os sites Música, Teatro e Cia. (Maceió) e Visto Livre (Rio de Janeiro). A enquete da Música do Ano repercutiu de imediato, sendo citada na newsletter do Ná Figueredo no mesmo dia em que foi anunciada no blog. As bandas têm mobilizado os fãs no Twitter, pedindo que votem, e o resultado é que em menos de 48 horas já recebemos mais de 1200 votos. E quase toda semana algum texto nosso é citado ou reproduzido em sites e blogs de jornalistas e bandas do Norte.
Quais são os teus próximos projetos?
O primeiro é, com certeza, consolidar o Som do Norte como uma referência sobre música independente nortista. A primeira ação prevista para 2010 é em janeiro, tão logo seja anunciado oficialmente o resultado da Música do Ano, fazer entrevistas especiais com compositor, intérprete, banda, enfim, os responsáveis diretos pela criação da canção preferida pelos nossos leitores, e divulgar isso amplamente, em nível nacional. Uma meta constante é buscar tornar o blog melhor a cada dia, e aumentar o grau de interatividade com o público.
Ano que vem é também o Centenário de nascimento de Noel Rosa; desde março de 2008, divulgo no Brasileirinho a parte da obra dele que passou ao domínio público. No momento, estudo parcerias visando organizar uma grande homenagem a Noel, mas não posso adiantar nada por enquanto.
Fora isso, mais que projeto, tenho um desejo: poder ir com maior frequência ao Norte, acompanhando diretamente shows, festivais, toda a movimentação musical daí. Por mais que a internet encurte virtualmente as distâncias, sempre será preferível a observação direta do fato noticiado.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Circuito Vivo art.mov
Dando continuidade ao Vivo arte.mov realizado entre 11 e 15 de novembro, o Circuito Vivo arte.mov compreende uma série de iniciativas descentralizadas em diversas capitais brasileiras que tem como objetivo difundir as novas perspectivas da produção audiovisual contemporânea e discutir as novas tendências das artes em mídias móveis.
Entre os dias 10 e 12 de dezembro, o Circuito retorna a Belém em novo formato composto de mostras audiovisuais e palestras sobre mídias locativas e realidade aumentada.
Confira a programação:
10/12 – quinta-feira
19:00 - Mostra Impakt (Holanda)
20:30 - Mostra Competitiva VIVO arte.mov 1
11/12 – sexta-feira
19:00 - Palestra: Apropriação artística das mídias móveis com Rodrigo Minelli
20:30 - Mostra Competitiva VIVO arte.mov 2
12/12 – sábado
19:00 - Palestra: Microcinema com Lucas Bambozzi
20:30 - Mostra Competitiva VIVO arte.mov 3
Local: auditório do IAP – Istituto de Artes do Pará
Praça Justo Chermont, 236 – Nazaré
http://www.iap.pa.gov.br/blog/
http://www.iap.pa.gov.br/
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Literatura inovadora: Projeto Audiolivros
Marcelo Velasco é autor de um dos projetos mais interessantes ligados à literatura no Brasil, o projeto Audiolivros. Conheça mais sobre ele e sobre essa ideia nessa entrevista exclusiva.
Durante a assinatura do contrato de parceria com a Fundação Dorina Nowill para deficientes visuais (01/12/2008)
Conte um pouco sobre a tua história no mundo da literatura?
Meu envolvimento com a literatura começou cedo. Sempre gostei de ler, mas tinha medo e preguiça dos livros grossos.Quando jovem, aos 15 e 16 anos, descobri Jorge Amado e me encantei com a Literatura brasileira, e então comecei a ler. Sempre tivemos livros em casa, e eu ia começando um, experimentando outro, e assim foi indo. Aos 18 anos comecei a trabalhar como secretário de um médico aposentado, que era cego por consequência de um glaucoma. E então, através dele, fui apresentado aos livros falados da Fundação Dorina Nowill para cegos.
Como surgiu a ideia do projeto Audiolivros?
Em junho de 1999, já portador de Esclorese múltipla desde 1995, aposentado por invalidez, comecei a ocupar o meu tempo e a minha mente com trabalhos que envolvessem deficientes físicos, sensoriais ou mentais na minha cidade, Bragança Paulista. Aos poucos fui conhecendo um, conhecendo outro, até conhecer a Associação Mulher Unimed. Estava pensando em formar um grupo de leitura para cegos e conversando sobre isso, lembrei-me dos Livros Falados da Fundação Dorina e resolvi pesquisar se poderia gravar audiolivros também. Depois descobri o que precisava, tive o apoio da AMU, e começamos as gravações em abril de 2007. Em julho de 2008, inauguramos o Espaço Audioteca AMU (LINKS: http://www.youtube.com/watch?v=wjY_UxhWbsg E http://www.youtube.com/watch?v=HkzuUhkDmEA). A partir de então, começamos a promover manhãs de leitura na Biblioteca Municipal de Bragança (LINK: http://www.youtube.com/watch?v=PTdaoEWmma4) e outras atividades para ajudar os deficientes visuais a terem contato com a Literatura.
Em dezembro de 2008, A AMU-Bragança firmou parceria com a Fundação Dorina Nowill para cegos, na perspectiva de divulgar os livros falados pelo Brasil e criar bibliotecas em áudio, voltadas para cegos por todo o Brasil, através da Unimed. (cf. http://www.youtube.com/watch?v=mXC-thQZ5oU )
Como é a repercussão dos ouvintes? Eles dão sugestões de livros?
Os leitores (ouvintes) ainda estão muito tímidos, isso tudo é muito novo. A leitura começa a partir de um hábito herdado ou adquirido. Recebemos alguns pedidos, de livros voltados à parte espiritual ou textos para estudos. Além do mais, temos um acervo, atualmente de 350 livros de Literatura nacional e estrangeira. Como também de livros de ficção, não-ficção e auto-ajuda, de forma de os deficientes visuais saem sempre com algo que querem ler da biblioteca.
Quais são os teus próximos projetos?
Estamos agora muito ocupados em divulgar os audiolivros e dar a conhecer essa proposta pelo Brasil afora. Estamos com um podcast semanal chamado programa Livro Falado(http://www.podcast1.com.br/canais.php?tag=marcelo velasco) fazendo divulgação no facebook e no myspace (http://www.myspace.com/livrosfalados). Lá você poderá ouvir trechos de livros gravados pela nossa equipe, ver fotos e conhecer melhor nossa história. Nossa meta agora é divulgar, divulgar e divulgar.
O que você conhece da literatura paraense?
Preciso confessar que não sei nada. Adoraria conhecer livros de autores do Pará, que desejam se conhecer para os lados de cá.
domingo, 6 de dezembro de 2009
Pristine Blusters - A renovação da música eletrônica nacional
Vem direto da ponte Rio/São Paulo um dos trabalhos mais interessantes da música eletrônica nacional, Pristine Blusters (http://www.myspace.com/pristineblusters). O Pristine Blusters é um projeto de música eletrônica formado pelos DJs Carlos Nuñez que atua há mais de 10 anos na cena eletrônica paulista, e pelos cariocas Victor Arlé e o músico Alexandre Favilla. As influências musicais do Pristine são diversas, vão desde a música eletrônica de Kraftwerk, passeando pelo som mais moderno e atual dos Daft Punk, se aventurando no rock, até chegar ao som fracês de Mr. Oizo e Justice — ícones da cena eletrônica alternativa do momento. O Pristine elaborou remixes não oficiais para Daft Punk, Mika, Mr. Oizo e Justice. Também fez parceria com a paulista MC Gi, elaborando um remix — por encomenda — da faixa Quer Romance. O remix obteve tanto sucesso que foi usado pela própria MC como base em seus shows. Não oficialmente, obteve repercussão internacional com o remix para Let There Be Light, do Justice. A faixa literalmente rodou o mundo. São autores também do webhit “Fresco Boiola”.
Entenda mais sobre o que estou falando nessa entrevista exclusiva com essa galera. E que ainda está ligada no Tecnobrega.
http://djmulher.podomatic.com/enclosure/2009-09-23T14_11_43-07_00.mp3
A banda é formada por integrantes do Rio de Janeiro e de São Paulo. Como vocês fazem para compor?
C-Nuñez: Muita paciência, noites sem dormir e uma internet banda larga estável. Horas no MSN mandando prévias e idéias de SP ao RJ. Uma hora sai algo.
Victor Arlé: A gente conversa muito pelo MSN. Trocamos samples e algumas músicas que usamos como inspiração, mas sempre muito espontâneo e ás vezes até sem querer surge uma ideia.
Quais são as principais influências musicais?
C-Nuñez: Michael Jackson, the king! Atualmente, ouço muito Crookers e Diplo. Gosto do estilo deles, é um som up e bem swingado.
Victor Arlé: Eu curto muito o Crookers também, não tanto nessa vibe atual que eles estão, Diplo é uma referência e tanto pro nosso estilo de som. Acho o Sinden excelente também, representando nosso baile funk na gringa. Os caras do Prodigy também são uma grande inspiração, não temos como negar. Agora no outro extremo da música eletrônica eu curto bastante IDM, tipo Aphex Twin, Autechre, Squarepusher.
É possível ouvir nuances musicais do funk carioca. Vocês já chegaram a ouvir o Tecno Brega paraense?
C-Nuñez: Já sim e em breve teremos uma surpresa pra vocês.
Victor Arlé: Lógico! O techno brega paraense é o equivalente do nosso funk carioca. É bem divertido.
Quais são os próximos passos da banda? Como está sendo a receptividade das músicas?
C-Nuñez: Sempre em frente, fazendo barulho. A receptividade está bacana, inclusive de nossa performance ao vivo, mostrando a real bagunça saudável que é o PB.
Victor Arlé: Estamos tocando vários projetos. Temos recebido com frequência vários pedidos de remix, inclusive de artistas de outros países. Nem sempre a gente pode atender a demanda, mas é sempre bom saber que nosso trabalho está despertando interesse da cena. FEchamos agora um mixtape com a dj MULHER (http://www.myspace.com/djmulher) e a galera tem curtido muito. As idéias estão sempre fluindo, a gente não pára.
Abraço!
-- Victor Arlé
DJ + Producer from Pristine Blusters
http://www.myspace.com/pristineblusters
http://twitter.com/p_blusters
sábado, 5 de dezembro de 2009
Arraial do Pavulagem e Cordel do Fogo Encantado - Pulsações Sonoras
Depois de um show do Cordel do Fogo Encantado, e tendo como abertura o arrastão do Arraial do Pavulagem, fica até difícil dar importância para certos shows de rock. Essa celebração da cultura regional, tanto daqui quanto de Pernambuco, aconteceu na sexta-feira (4), no píer da Casa 11 Janelas (Belém-PA), e uma das atrações principais foi a bela Lua, satélite abençoado.
O Arraial do Pavulagem, e que contou com a participação do Trio Manari, foi um espetáculo de cores e sons, no qual a alma de qualquer pessoa era completamente saciada de felicidade. Depois de quase duas horas, a ansiedade de quase duas mil pessoas ia ser beatificada.
Quando o Cordel entrou, a sensação era de iria algo inusitado, para quem estava assistindo e também para quem estava no palco. O vocalista ficou impressionado com a receptividade do público paraense.
Não vou ficar aqui escrevendo sobre cada música, mas foi frisar só uma parada, o show sempre é muito bom pr'alma. Saudades de Recife (oito anos inesquecíveis).
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Caldeirão Cultural com Cordel e Arraial do Pavulagem
Misturando música, poesia e teatro, a banda pernambucana expõe o mais novo elo dessa rica cadeia cultural. Mesmo vindos de uma terra de misturas, à primeira vista, dá até a impressão de que eles passaram da medida. Além do seu arsenal percussivo e referencias folclóricas mil, Cordel junta rock com maracatu, embolada, frevo, samba e ciranda, originando um híbrido impossível de classificar, mas muito bom de ouvir.
A banda retorna a Belém para fazer parte do Cortejo da Diversidade Cultural Amazônica, extravagante maratona das artes que irá tomar as ruas do Centro Histórico de Belém hoje à noite, marcando o encerramento da Conferência Internacional de Educação de Adultos da Unesco.
Cordão de pássaros, escolas de samba, grupos de carimbó, tambores de minas, boi-bumbas, percurssionistas, quadrilhas juninas, retumbão da marujada. Bem-vindo ao Cortejo da Diversidade Cultural Amazônica, a arte paraense com esteroides. O evento, organizado pela Secretaria de Estado de Governo (Segov) para encerrar a programação da Conferência Internacional para Educação de Jovens Adultos promete ser um “intensivão” cultural.
Primeiro pelo número de atrações, serão dezenas de grupos folclóricos, religiosos e artísticos, dos mais variados estilos e gêneros. Ao todo, serão 1.200 artistas, num cortejo que segue por todo centro histórico de Belém. De acordo com a organização do evento, são esperadas cerca de 15 mil pessoas durante o cortejo. “Esse será o momento de interação do Congresso com a população da cidade. Como foi um congresso fechado ao público, achamos justos oferecer a Belém, com seu posto de cidade anfitriã, uma demonstração de afeto, promovendo uma grande comunhão da cultura popular amazônica”, diz Walter Figueiredo, coordenador do evento.
A maratona das artes começa às 18h com a execução do hino nacional por Liliane Xipaia, acompanhada pelos músicos Cizinho (violão) e Diego Xavier (bandolim), em frente ao Museu do Estado na Cidade Velha, local da concentração e da primeira “estação” do cortejo. A apresentação de Liliane é seguida no palco pelo Trio Manari e outros grupos de batuque. Na segunda estação, na praça Dom Pedro II, o público será recebido pela apresentação de tambores de mina e outros cultos afro-brasileiros.
Na terceira estação, no arco do castelo, haverá uma pajelança executada por índios da etnia Tembé. Logo depois, será a vez da marujada de São Benedito, grupos de carimbó, um repeteco do Manari e o cortejo continua em direção ao pier das 11 janelas para a quarta e última estação. No palco principal, será a vez do Arraial do Pavulagem, que aquece com o Batalhão de Estrelas o público para os pernambucanos do Cordel do Fogo Encantado.
SHOW
O grupo foi formado em 1997, em Arcoverde, cidadezinha do sertão nordestino, por Lirinha, nos vocais; Clayton Barros, na guitarra; Emerson Calado, na percussão. O embrião do Cordel apareceu como um espetáculo teatral que fundia narrativa, cenários, tradições do folclore nordestino. Em Recife, somou-se à banda os percussionistas Nego Henrique e Rafa Almeida. Mas foi só em 1999, que o Cordel como conhecemos hoje despontou durante uma apresentação no Festival Rec-Beat, uma das grandes vitrines para novos talentos no cenário alternativo de Recife.
Apesar de não serem contemporâneos, sua profunda conexão com as raízes da cultura nordestina caiu como uma luva no ethos do movimento Mangue Beat, e o Cordel foi assim assimilado pelo balaio do mangue.
De sensação local, pouco a pouco, a banda de pop-rock de postura pouco ortodoxa e apelo ainda mais exótico do que seus pares mangue boys cruzou fronteiras e conquistou público e crítica. E acredite, o negócio beira quase adoração. O Cordel do Fogo Encantado é dotado de uma base de fãs ávidos mesmo sem o grande apelo da mídia.
Vários são os motivos da popularidade do Cordel no circuito independente. Um deles é a forma consistente que a carreira da banda evoluiu ao longo desses 10 anos; outra pode ser a conexão afetiva do público com as letras e músicas impregnadas de regionalismo e, às vezes, um tanto que pretensa a arte e poesia do grupo.
Só no palco dá para entender de fato o apelo da banda. Perder um show do cordel é perder um dos shows menos convencionais que você terá a chance de presenciar. (Leonardo Fernades/Diário do Pará)
CORTEJO
Hoje, nas ruas do Centro Histórico de Belém
Horários:
17h - Concentração
18h - Hino Nacional - Interpretação de Liliane Xipaia, com acompanhamento dos músicos Cizinho (violão) e Diego Xavier (bandolim)
19h - Início do cortejo
19h30- Shows musicais:
- Grupo de Carimbo Sancari
Trio Manari
- Grupo Musical Arraial do Pavulagem
- Cordel do Fogo Encantado
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
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