Entrevista originalmente publicada no site: http://www.deepbeep.com.br/db-series/db47-benjamin-ferreira/
db47 Benjamin Ferreira
Indicado como DJ revelação pela revistas DJMag Brasil 2009 e VIP 2010, o paraense Benjamin Ferreira é um dos pioneiros da música eletrônica no norte do Brasil desde os anos 90. Com um estilo eclético e único, Benjamin diz fugir de restrições musicais e seus mixes variam entre jazz, easy listening, downtempo, soul, funk, boogie, mas predominantemente house, techno e disco.
Benjamin já lançou vários edits e juntamente com o produtor Érico Theobaldo preparou um remix para o Faze Action que será lançado em junho de 2010 na Inglaterra.
De onde surgiu seu interesse pela música? Quando percebeu que deveria se dedicar profisionalmente?
Dois tios meus eram DJs no fim dos anos 70 e durante toda a década de 80. Meus olhos sempre brilhavam para todos os discos deles. Acho que meu primeiro disco, que eu pedi porque tinha ouvido na casa deles, foi o Lipps Inc, “Designer Music”, eu devia ter uns 3, 4 anos.
Eu sou professor de inglês, adoro dar aula, mas antes de qualquer coisa eu sempre soube que queria ser DJ. Eu dizia que queria ser “BJ” (podem rir à vontade), até ganhar um disco do DJ Iraí Campos e saber o nome certo. Sempre pedi som ou discos em vez de brinquedo, tenho até hoje meus primeiros toca-discos (fotos aqui e aqui). Depois foi uma história parecida com a de muitos: o primeiro par de toca-discos profissionais, as festas de família e de escola, gigs pra ganhar nada ou quase nada, até que virou profissão por volta de 1996.
Quais são as suas principais influências?
Disco, funk e boogie, que eu conheci com meus tios, especialmente um deles (Bosco), meu primeiro grande incentivador que me ensinou muito sobre música e me deu as primeiras aulas de mixagem.
House também, claro, mesmo umas coisas cafonas da virada dos 80 pros 90, tipo as produções de Stock, Aitken and Waterman (Kylie Minogue, Rick Astley, Sonia), hip house europeu (bem mais bagaceiro que o americano), italo house (Lee Marrow era lei), até hoje amo tudo isso e não me envergonho de citá-los como grandes influências. Era o que a gente tinha acesso em Belém na época. Minha única fonte fora de lá era a coluna Dance Music, da Bizz, que eu acompanhei de 1990 a 1993 e era escrita pelo Camilo Rocha, que anos mais tarde, por uma maravilhosa ironia do destino, se tornaria meu maior amigo e incentivador aqui em Sampa.
E techno também, que já toquei bastante e até hoje pesquiso, ouço e vez em quando toco. Disco e house podem ser os principais, mas tem mais nesse balaio.
Ah, não tem como eu não citar a música brasileira também,especialmente a feita entre os anos 70 e 80, e cujas influências sempre estiveram de alguma forma no que eu toco e agora também no que produzo.
Você é produtor e com Érico Theobaldo vão lançar um remix para o Faze Action. Como avalia seu desenvolvimento musical?
A parceria com o Érico foi uma das melhores coisas que me aconteceram nos últimos tempos. Eu tenho muitas idéias, mas meu know-how ainda é muito pequeno, e fazer o remix pro Faze Action (que deve ser lançado em download em junho) me deixou muito empolgado. O Érico é um multiinstrumentista talentosíssimo e ainda assim extremamente modesto,sempre pronto pra me ensinar e ouvir minhas idéias. Não tenho palavras para descrever o quanto eu aprendo com ele, não só em relação aos softwares de produção, mas também sobre instrumentos (ele tocou baixo, guitarra e escaleta no remix do FA, e eu toquei cowbell), harmonia e tudo mais. Ele e também outros amigos como Rotciv e Felício Marmitex têm me ajudado bastante nesta nova fase do meu trabalho.
Quais são seus projetos atuais?
Vamos ver se não vou esquecer de nenhum: agora Boogie Central é o nome que eu e Érico vamos usar para assinar nossas produções e nosso DJ set que ainda vai estrear. Nosso próximo remix será para uma música da banda dele, Telepathique, e faixas nossas também devem aparecer logo. Com outro grande parceiro, Marmitex, estou fazendo a Xiliquê, residência mensal no Vegas que tem caráter beneficente, e também tocamos em back 2 back como Xii DJs e vamos começar a produzir nos próximos dias. Meu blog Boogie Central anda paradíssimo por falta de tempo, mas quero voltar o mais rápido possível com ele, e também vou trabalhar com os talentosos rapazes do Coletivo Action com textos e mixtapes. Também me uni a outro querido, Jonty Skrufff, e sou um Skrufff DJ agora – devo escrever textos para o site dele traduzo tudo o que ele escreve para o rraurl, e há mais empolgantes peripécias nossas programadas para o meio do ano, mas por enquanto tenho que as manter em segredo.
Qual o melhor momento para ouvir este set?
Sabe aquele sábado à noite que em vez de sair você resolve passar com seu amor? E no domingo de manhã você acorda e depois do amor da manhã (muitas vezes melhor do que o da noite) resolve fazer um puta café da manhã pra levar na cama? Põe o set quando começar a fazer o café, esquenta junto com o set e resolve se vai sair pra aproveitar o domingo ou ficar na cama mesmo. Adoro a noite e coloquei muita coisa que tenho tocado, mas acho que este set tem mais cara de dia. De domingo de sol e de amor.
Aliás, foi com muito amor que ele foi gravado, e aproveito para agradecer a vocês, Lísias e Thiago, pela oportunidade, além de parabenizá-los pelo site tão incrível. Esse set é para vocês dois e para todo mundo que passa por aqui.
Fotos: Cuca Pimentel
Agradecimentos: Disco Sete (Rua 7 de Abril, 154 – Galeria Nova Barão)
Fone: (11) 3231-1193
db47 Benjamin Ferreira
Indicado como DJ revelação pela revistas DJMag Brasil 2009 e VIP 2010, o paraense Benjamin Ferreira é um dos pioneiros da música eletrônica no norte do Brasil desde os anos 90. Com um estilo eclético e único, Benjamin diz fugir de restrições musicais e seus mixes variam entre jazz, easy listening, downtempo, soul, funk, boogie, mas predominantemente house, techno e disco.
Benjamin já lançou vários edits e juntamente com o produtor Érico Theobaldo preparou um remix para o Faze Action que será lançado em junho de 2010 na Inglaterra.
De onde surgiu seu interesse pela música? Quando percebeu que deveria se dedicar profisionalmente?
Dois tios meus eram DJs no fim dos anos 70 e durante toda a década de 80. Meus olhos sempre brilhavam para todos os discos deles. Acho que meu primeiro disco, que eu pedi porque tinha ouvido na casa deles, foi o Lipps Inc, “Designer Music”, eu devia ter uns 3, 4 anos.
Eu sou professor de inglês, adoro dar aula, mas antes de qualquer coisa eu sempre soube que queria ser DJ. Eu dizia que queria ser “BJ” (podem rir à vontade), até ganhar um disco do DJ Iraí Campos e saber o nome certo. Sempre pedi som ou discos em vez de brinquedo, tenho até hoje meus primeiros toca-discos (fotos aqui e aqui). Depois foi uma história parecida com a de muitos: o primeiro par de toca-discos profissionais, as festas de família e de escola, gigs pra ganhar nada ou quase nada, até que virou profissão por volta de 1996.
Quais são as suas principais influências?
Disco, funk e boogie, que eu conheci com meus tios, especialmente um deles (Bosco), meu primeiro grande incentivador que me ensinou muito sobre música e me deu as primeiras aulas de mixagem.
House também, claro, mesmo umas coisas cafonas da virada dos 80 pros 90, tipo as produções de Stock, Aitken and Waterman (Kylie Minogue, Rick Astley, Sonia), hip house europeu (bem mais bagaceiro que o americano), italo house (Lee Marrow era lei), até hoje amo tudo isso e não me envergonho de citá-los como grandes influências. Era o que a gente tinha acesso em Belém na época. Minha única fonte fora de lá era a coluna Dance Music, da Bizz, que eu acompanhei de 1990 a 1993 e era escrita pelo Camilo Rocha, que anos mais tarde, por uma maravilhosa ironia do destino, se tornaria meu maior amigo e incentivador aqui em Sampa.
E techno também, que já toquei bastante e até hoje pesquiso, ouço e vez em quando toco. Disco e house podem ser os principais, mas tem mais nesse balaio.
Ah, não tem como eu não citar a música brasileira também,especialmente a feita entre os anos 70 e 80, e cujas influências sempre estiveram de alguma forma no que eu toco e agora também no que produzo.
Você é produtor e com Érico Theobaldo vão lançar um remix para o Faze Action. Como avalia seu desenvolvimento musical?
A parceria com o Érico foi uma das melhores coisas que me aconteceram nos últimos tempos. Eu tenho muitas idéias, mas meu know-how ainda é muito pequeno, e fazer o remix pro Faze Action (que deve ser lançado em download em junho) me deixou muito empolgado. O Érico é um multiinstrumentista talentosíssimo e ainda assim extremamente modesto,sempre pronto pra me ensinar e ouvir minhas idéias. Não tenho palavras para descrever o quanto eu aprendo com ele, não só em relação aos softwares de produção, mas também sobre instrumentos (ele tocou baixo, guitarra e escaleta no remix do FA, e eu toquei cowbell), harmonia e tudo mais. Ele e também outros amigos como Rotciv e Felício Marmitex têm me ajudado bastante nesta nova fase do meu trabalho.
Quais são seus projetos atuais?
Vamos ver se não vou esquecer de nenhum: agora Boogie Central é o nome que eu e Érico vamos usar para assinar nossas produções e nosso DJ set que ainda vai estrear. Nosso próximo remix será para uma música da banda dele, Telepathique, e faixas nossas também devem aparecer logo. Com outro grande parceiro, Marmitex, estou fazendo a Xiliquê, residência mensal no Vegas que tem caráter beneficente, e também tocamos em back 2 back como Xii DJs e vamos começar a produzir nos próximos dias. Meu blog Boogie Central anda paradíssimo por falta de tempo, mas quero voltar o mais rápido possível com ele, e também vou trabalhar com os talentosos rapazes do Coletivo Action com textos e mixtapes. Também me uni a outro querido, Jonty Skrufff, e sou um Skrufff DJ agora – devo escrever textos para o site dele traduzo tudo o que ele escreve para o rraurl, e há mais empolgantes peripécias nossas programadas para o meio do ano, mas por enquanto tenho que as manter em segredo.
Qual o melhor momento para ouvir este set?
Sabe aquele sábado à noite que em vez de sair você resolve passar com seu amor? E no domingo de manhã você acorda e depois do amor da manhã (muitas vezes melhor do que o da noite) resolve fazer um puta café da manhã pra levar na cama? Põe o set quando começar a fazer o café, esquenta junto com o set e resolve se vai sair pra aproveitar o domingo ou ficar na cama mesmo. Adoro a noite e coloquei muita coisa que tenho tocado, mas acho que este set tem mais cara de dia. De domingo de sol e de amor.
Aliás, foi com muito amor que ele foi gravado, e aproveito para agradecer a vocês, Lísias e Thiago, pela oportunidade, além de parabenizá-los pelo site tão incrível. Esse set é para vocês dois e para todo mundo que passa por aqui.
Fotos: Cuca Pimentel
Agradecimentos: Disco Sete (Rua 7 de Abril, 154 – Galeria Nova Barão)
Fone: (11) 3231-1193
É um fofo e talentosíssimo!AMO de paixão este menino!!
ResponderExcluirô, amigos, assim eu fico emocionado, de verdade! obrigado mesmo, sid, por postar a entrevista, e a vc isoldinha pelo comentário! com amor, b.
ResponderExcluir\o/
ResponderExcluir